Processo e tecido estruturantes na composição de um calçado trazem características inéditas e sustentáveis para as fabricantes de calçados
O processo tradicional de produção de um calçado não será mais o mesmo com o produto inovador criado pelo Grupo JR, detentora das marcas JClass e JR Dublagens, que atende aos segmentos calçadista e têxtil há mais de 30 anos no Brasil, com unidades em Birigui (SP) e Sapiranga (RS). As fabricantes de calçados poderão se beneficiar das características do novo supercambrê sem alterar etapas operacionais ou custos. Atendendo às práticas ESG e ao conceito de Economia Circular, o cambrê CLEX EB, desenvolvido para clientes ainda mais exigentes, tem características de coesão perfeita entre os substratos, cópia excelente do perfil, em qualquer ângulo, seja ele leve ou muito acentuado, e produto final bastante macio. E quem mais ganhará com essa iniciativa são as consumidoras que terão um sapato muito flexível e confortável, que se mantem no seu perfil original, mesmo depois de usado, sem criar rugas ou marcação no cabedal.
A partir da Solicitação de Desenvolvimento (SD), as equipes – comercial, técnica e laboratorial – discutiram sobre o projeto e começaram as pesquisas. Foi utilizado um banco de dados próprio do Grupo JR, tipo uma materioteca, que reúne inúmeros exemplares de polímeros termoplásticos de diversas partes do mundo, para selecionar algumas matérias que serviriam ao projeto. Testes de fluidez, densidade, resiliência, colagem, reciclabilidade e dureza, além de combinações de ingredientes, foram aplicados para se chegar ao resultado – um tecido em poliéster sustentável. A partir das formulações concebidas, a fábrica piloto produziu uma pequena produção para validar a criação.
De acordo com o Gestor de Desenvolvimento e Qualidade do Grupo JR Gilson Contel, o resultado foi mais que satisfatório. “Depois que comprovamos toda qualidade, conseguimos chegar a um polímero personalizado, jamais visto e que não existia no mercado”, afirma. Além disso, o cliente vai continuar a produzir o cambrê como fazia normalmente, sem aumentar a temperatura ou mudar sua aplicação original. Essa característica de fácil aplicação é devido à blenda termoplástica desenvolvida, que proporcionou uma colagem excelente e uma facilidade muito grande de cópia de perfil, que fica no ângulo que se propuser, mesmo bem acentuado. Nos testes feitos pelo Grupo JR, a bota depois de flexionada e usada, se manteve na cópia inicial, com o cambrê bem liso e sem marca de rugas. “E isso é uma característica nota mil, que todos os fabricantes de calçados buscam em seus produtos”, frisa Contel.
O projeto foi apresentado ao cliente, em agosto, em tons de cinza claro e preto, que o aprovou satisfeito e está validando o produto em seu parque fabril. Até o início de ano que vem, o supercambrê estará inserido na coleção de 2024. “Esse resultado só foi possível devido a toda equipe qualificada do Grupo JR e aos melhores equipamentos que temos no mercado. Não adianta ter matéria-prima e maquinários de primeira, se não existe uma equipe que saiba desenvolvê-la. No nosso Grupo, as pessoas que trabalham aqui é que fazem toda a diferença no resultado do nosso portfólio”, destaca o gestor.
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